Quando Taylor Swift lançou seu disco
“1989” lá em 2014, ela não imaginava que uma das suas eras mais rentáveis iria
terminar do um jeito prejudicial para sua imagem. A garota adorada em “Shake It
Off” em agosto de 2014 foi bombardeada com comentários negativos e vários
emojis de cobra em suas redes sociais no final da era, lá 2016, quando uma
ligação sua com Kanye West foi exposta por Kim Kardashian, desmentindo os
boatos de que ela não sabia sobre a música do cantor, “Famous’’, que causou muita repercussão na mídia,
principalmente porque ele usou a sentença “I made that bitch famous.”
Essa e outras polêmicas aconteceram
na vida da Taylor, como os tablóides falando sobre o squad, o seu grupo seleto
de amigas composta por grande por modelos,
loiras, magras e perfeitas tornaram alvo de críticas por parte da mídia. E para
completar, o fim do seu namoro com Calvin Harris e toda a polêmica sobre esse
término.
Todos esses acontecimentos fizeram
com que Taylor não lançasse álbum ainda naquele ano de 2016, o que causou
estranhamento para os fãs, já que o lançamento de um novo álbum sempre
acontecia a cada 2 anos. Com tantos escândalos atrelados a sua imagem, Swift
fez um descanso. Sumiu das redes sociais, nenhuma foto de papparazi, nenhuma
fofoca. O completo silêncio.
E foi nesse completo silêncio que
Taylor produziu e escreveu o álbum ‘’reputation’’. Eu, como fã da Taylor,
sempre fiquei maravilhada com seu talento na composição dos seus álbuns, até
porque, ela sempre teve o controle de suas próprias canções e o cuidado em
criar todo o conceito para cada disco. E com o “reputation”, não foi diferente.
No encarte do seu sexto álbum, Taylor
escreveu um texto sobre a reputação de uma pessoa, e como isso está atrelado às
facetas que todas as pessoas possuem. Por exemplo, sua mãe tem uma visão
diferente de você, se compararmos com a visão do seu namorado, ou daquela
pessoa que você esbarrou na rua.
Assim como aconteceu em 2016, Taylor
trouxe o silêncio nessa era, mas felizmente não impactou as vendas do seu
álbum, que apesar não ter aparições, entrevistas, ou qualquer tipo de
divulgação midiática, ainda alcançou milhões de vendas.
O reputation é um álbum catártico
Meses depois que o “reputation” foi
lançado, Swift fez uma declaração de que seu sexto álbum foi catártico. “Depois
que eu o terminei de escrever, eu falei...agora eu posso escrever músicas
comuns de novo.”
E de fato, “reputation” consegue
mostrar muito bem essa dificuldade que a Taylor teve para escrever, principalmente,
porque eu percebi que, diferente dos seus álbuns anteriores, eu vejo poucas
músicas bem escritas no álbum, o que se torna cansativo ao ouvir várias músicas
criticando a mídia.
Apesar disso, eu gosto do pop do “reputation”,
é um som que me agrada com as músicas como estilo mais ‘’darks’’, como “Don’t
Blame Me”, “I Did Something Bad” e “End Game”, “So It Goes”. O que também se
percebe é que o álbum é dividido em duas
partes, e que ao decorrer das faixas, as músicas e as letras vão ficando mais
sentimentais, e isso reflete demais nas melodias das últimas faixas do álbum.
Fica até estranho se você parar pra
pensar que o álbum que começa com o pop estrondoso de “Ready For It”e termina
com uma simples música ao piano com ‘‘New Years Day”. Mas eu gosto disso. E
gosto ainda mais que Taylor continuou com o synthpop visto lá no “1989” com
“Style” e “New Romantics”, e aqui temos uma continuação com “Dancing With Our
Hands Tied” e “Getaway Car”
Taylor também não deixa o pop que ela
fez no “1989” com músicas mais calmas e gostosas de ouvir como “Call It What
You Want”, “Delicate” e até inova com “Dress” e “King Of My Heart”, também não
deixa de lado o deboche de lado e indiretas com “This Is Why We Can Have Nice
Things”.
A relação com os fãs e o sucesso de sua turnê
Como já disse anteriormente, Swift
não apostou em divulgar o álbum para a grande mídia, mas em compensação, ela
fez com que a relação com seus fãs ficasse mais fortes com suas “secret
sessions”, no qual ela basicamente chamava seus fãs para sua casa e fazia uma
sessão especial para ouvirem todo o album antes de ser lançado. Além disso,
Taylor apostou na sua turnê, fazendo-o um grande espetáculo de aproximadamente
2 horas e meia, com seu gigantesco palco principal e mais 2 palcos menores para
cantar seus sucessos no formato acústico, trazendo a intimidade com seus
espectadores.
Taylor também investiu em construir
laços com os serviços de streamings, antes mesmo dela lançar o “reputation”, a
cantora decidiu voltar para as plataformas com a condição de trazer mais
igualdade e justiça para artistas menores.
“reputation” terminou como um era
tímida, que vimos poucas aparições na mídia. Vimos algo sendo criado e reestruturado
de dentro para fora com Swift criando laços ainda mais fortes com seus fãs e
com as plataformas de streamings, como
Spotify, Netflix e preparando terreno para sua próxima era. E segunda a
própria cantora, ela está muito animada para isso, já que Taylor decidiu
assinar com uma nova gravadora, a Republic Records, a mesma que conduz a
carreira de grandes artistas da atualidade como Ariana Grande, Lorde e Drake.
Eu, como fã, estou extremamente
ansiosa pra essa nova era, que ela já afirmou que vai vir antes de completar 30
anos. Ou seja, ainda nesse ano de 2019, teremos novidades de musicas novas. Meu
coração está um pouco dividido, porque do jeito como o “reputation” terminou,
eu espero e acredito que Swift pode voltar para suas origens, compondo letras
mais elaboradas, entretanto, acredito
que ela ainda vai apostar no pop e se consolidar ainda mais no gênero. De
qualquer forma, eu acredito que ela vai fazer um trabalho superior do que ela
já fez antes. Porque, apesar de tudo, Taylor sabe se reinventar.
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